O futebolista, Charles Miller foi ‘cricketer’ famoso, consagrado tenista e temível ‘rugby player’. Em 1894 organizara o primeiro time de rugby no SPAC.
Desde a fundação o SPAC realizava os jogos coletivos (rugby, futebol e cricket) de seus times no campo de Pirituba, conhecido como campo dos ingleses de propriedade da São Paulo Railway Co. Em 1958, o clube teve que deixar o campo de Pirituba e montou uma comissão para encontrar um outro local.

Em 1964, foi então inaugurado o unidade de Santo Amaro com os campos de rugby e futebol. Neste mesmo ano o SPAC hospedou o Campeonato Sul Americano de Rugby, e o jogo inaugural foi Brasil x Chile. A preliminar foi jogada entre o recém fundado SPAC Rugby Juvenil e o St. Paul School. Nesse campeonato o Brasil terminou em segundo lugar, sua melhor colocação na história dos Sul Americanos e como de costume nessa época a maioria dos jogadores da seleção brasileira eram do SPAC.
Contamos com o melhor campo de São Paulo para a prática de RUGBY, sendo palco de grandes finais e jogos internacionais, venha conhecer nossa estrutura.
O primeiro time de rúgbi de São Paulo foi formado em 1895 pelo pai do futebol, Charles Miller. Contudo, o grande incentivador do esporte em São Paulo na primeira metade do século XX foi James Macintyre que, em conjunto com Gordon Fox Rule, fundou o Britânia Football Club em 1925.
Com outros adeptos, entre os quais se destacavam Charles Rule, Ferris, Haynes, Bateman, Pryor, Henderson, Holland e Littell, eles jogavam suas partidas do “esporte da bola oval” no campo do Parque Antártica, cedido por gentileza do Clube Societá Palestra Itália, e no campo de Pirituba da São Paulo Railway Company.
Esse clube utilizava a letra “P” no peito, que tinha duas conotações: a primeira, “P” de paulistas; a segunda derivada do alfabeto cirílico, em que “P” é a letra rô, equivalente ao “R” de rúgbi. Em maio de 1926, foi organizado o primeiro de uma série de jogos interestaduais. Em 1927, o então embaixador britânico, Sir Beilby Alston, instituiu a taça que levaria seu nome, a ser disputada entre as equipes de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre 1926 e 1940, foram disputadas anualmente partidas entre os times paulistas e cariocas. Em 1932, foi realizado um importante jogo internacional entre Brasil e África do Sul, assim como em 1936, quando a seleção brasileira enfrentou a inglesa. Em ambas as partidas os jogadores do Brasil eram praticamente todos atletas do SPAC.
Devido à Segunda Guerra Mundial, o rúgbi quase desapareceu. Em 1947, com o fim do embate e o retorno de alguns jogadores ingleses ao Brasil, os jogos voltaram a ser realizados, embora com menor frequência. No ano seguinte, Jimmy Macintyre, já com 36 anos, parou de jogar. Porém, isso não o impediu de continuar batalhando em prol do esporte que amava. Em 1950, com um time formado em sua maioria por associados do SPAC, Macintyre organizou a primeira excursão de uma equipe de rúgbi brasileira ao exterior. Escolheram como destino o Uruguai, onde o Combinado Brasileiro, como seria chamado, disputou três partidas e ganhou todas, inclusive a última contra a seleção uruguaia por 20 a 0.

Foram 6 títulos brasileiros seguidos, até 1969. Durante tal período, havia uma predominância de jogadores estrangeiros no elenco do SPAC, incluindo uma primeira linha formidável. Alan Bath, Ed Weber e Alastair Steele são alguns dos nomes que marcaram época no pack de forwards. Acompanhados de uma linha poderosa, que contava com Leslie Hepburn de abertura e os irmãos Bennett, eles permaneceram imbatíveis até o fim da década.
O SPAC Rugby convida a todos para treinar na equipe mais tradicional do Rugby Brasileiro e uma das potências do esporte no Brasil, com diversos títulos nacionais e
internacionais entre suas categorias, muita história e tradição. No final da década de 40, chegou ao Brasil um irlandês que também se tornaria uma lenda do rúgbi brasileiro, Harry L. Donovan. Ele foi presidente do SPAC no biênio 1964/1965 e, junto com Jimmy Macintyre, fundou a União de Rugby do Brasil, em 1963, da qual foi presidente.
Em 1958, o SPAC teve que parar de utilizar os campos de Pirituba. Criou-se uma comissão, formada por Jimmy Macintyre e presidida por George E. Cleaver, que tinha o intuito de encontrar um novo terreno para a prática de esportes coletivos. A região da represa do Guarapiranga era considerada longínqua e inóspita e a única referência, à época, era o SPYC (São Paulo Yacht Club), clube fundado em 1917 à beira da represa. Além disso, o local apresentava outro problema: nos períodos de chuva, ele alagava.
Mesmo assim, ele foi o escolhido. Num esforço hercúleo, Jimmy e seu filho Ronnie percorreram a região e conseguiram nada menos do que 800 caminhões com terra, provenientes de terraplanagens de futuras fábricas que se instalaram entre Santo Amaro e Veleiros. Jimmy ainda fez mais: trouxe árvores, construiu a primeira sede, os campos de rúgbi e futebol, um campo de hóquei na grama (que não existe mais), vestiários e quadras de tênis.
Em 1964, o SPAC hospedou neste novo campo de Santo Amaro o Campeonato Sul Americano de Rúgbi, e o jogo inaugural foi entre Brasil e Chile. A preliminar foi disputada entre o recém-fundado SPAC Rugby Juvenil e o St. Paul School. O Brasil terminou o campeonato em segundo lugar, sua melhor colocação na história. Como de costume, a maioria dos jogadores da seleção brasileira eram do SPAC.
Esse ano também marcou o início de uma longa hegemonia da equipe no rúgbi nacional.
A saída de diversos dos jogadores de fora fez com que a equipe do SPAC passasse por um momento de reformulação em que os anglo-brasileiros assumiram posições-chave no elenco. Bobby Smith, Timmy Baines e os irmãos Bishop e Higgins são exemplos de jogadores pertencentes à colônia inglesa em São Paulo que foram de vital importância na década de 70. Cada vez mais, porém, tornava-se comum encontrar nomes que indicavam outras descendências no plantel do clube, tais como Jairo Pastorelli e Beto Moraes Barros. A equação ficou completa com algumas passagens importantes de atletas de fora, como o pilar David Adams e o médio scrum John Anglin, ingleses, e o abertura argentino Yayo Somosa, todos de excelente nível técnico, e a equipe logo retornou ao caminho das vitórias, somando 5 títulos entre 74 e 78.
Entre tantos grandes jogadores, uma história se destaca. Por ter feito parte de ambos os elencos vencedores, tanto o da década de 60 quanto o da de 70, Jimmy Semple é a única pessoa na história a colecionar onze campeonatos brasileiros de rúgbi. O hende, ou undeca, campeão somente não participou de duas das treze conquistas de equipe!
“Sejam todos muito bem vindos à Família SPAC Rugby. Faça parte do clube no qual a história do rugby no Brasil se iniciou e se perpetua até os dias de hoje através dos valores deste esporte único.Jogar no SPAC, não é apenas defender uma camisa que muitos já defenderam desde 1888, mas é colocar em prática os valores que este apaixonante esporte nos ensina Paixão, Respeito, Disciplina, Integridade e Solidariedade. Estou no clube desde os 15 anos e o que me motiva a continuar a trabalhar pelo Clube é pensar que no SPAC além de formar novos jogadores, valorizamos a formação para a vida. Venha fazer parte da nossa Família!!
Um abraço, Bolinha
Alguns Títulos
- 13 Vezes Campeão Brasileiro de Rugby Masculino
- 02 Vezes Campeão Copa do Brasil de Rugby Masculino
- 02 Vezes Campeão Paulista de Rugby Masculino
- 01 Vez Campeão do Circuito Brasileiro de Rugby Sevens Masculino
- 02 Vezes Campeão do Circuito Brasileiro de Rugby Sevens Feminino
- 01 Vez Campeão Campeonato Brasileiro de Rugby Sevens Feminino
- 04 Vezes Campeão Campeonato Paulista de Rugby Feminino